sexta-feira, 17 de março de 2017

dona fernanda










dona fernanda telefona-me a desoras como é costume dela. o início dela já é o meu final e já estou com metade de mim no mundo de cá e a outra metade no mundo dos sonhos, que deus me livre os sonhos que me fazem acordar com uma máquina de lavar roupa a centrifugar dentro do peito e a passar horas quase madrugadas acordada a horas de se estar a dormir. ufa...
mas a dona fernada lamenta-se, e vai daí depois os meus sonhos, lamenta-se que as mezinhas dela resultam para os outros mas que deixam o coração dela no desalinho de antes das mesmas mezinhas. é que ela não encontra razões para deixar de gostar dele, e o dar-se o caso de ele não se interessar por ela não é suficiente para lhe apagar a afeição, o afastar dos pensamentos diurnos e nocturnos, nos dias úteis e inúteis, nas horas de descanso e de trabalho. não há nada que se lhe diga, pelo menos eu não sei.











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