domingo, 5 de fevereiro de 2017

focaccia




















com a massa que sobrou fez focaccia, com muito azeite e alecrim, o sal, deitou-o por cima, sal grosso, integral. todo o domingo fez asneiras. comeu a focaccia aos bocadinhos e na boca demorou o sabor a sal, em vez do dele. viu o dead pool e recusou a poesia. nada fez em vez de preparar o trabalho há muito atrasado.  deixou-se ficar perra de todo, sem resistir, margem resignada à corrente, rendida ao domingo. tomou um duche, perfumou-se, enrolou-se numa manta, em vez de no corpo dele. e já nem se importou. há tempo demais que não se importava, mas não sabia o que fazer com aquele vazio.











10 comentários:

  1. posso plantar uma flor nesse vazio? deixas-me? :)

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  2. No vazio há lugar para tudo, menina bonita. Obrigada :)

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  3. Os vazios da alma também se preenchem ana, quando menos esperamos :)

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  4. fui confirmar se o teu deadpool era o meu deadpool... só para ter a certeza :)

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  5. é esse o encanto da vida, Maria :)
    bom dia!

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  6. E que tal, o deadpool?

    a imagem do cobertor é tão bonita, Ana.

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  7. recomendo vivamente o deadpool, sobretudo se gostares de crâneos esmigalhados e membros decepados...
    obrigada, Laura :)

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