sábado, 11 de fevereiro de 2017

a maré





















não reconhecia aquela parte de si que lhe queria arrancar o peito sem razão nem aviso. todas as correntes do mar juntas em todas as marés dentro de margens de pele. mas deixou de fazer resistência, falou com ela, cantou-lhe músicas de navegar, dançou danças de libertar, rezou-lhe orações de amparar. e serenou, a maré começou a dar-lhe tempos de repouso, a cumprir as fases da lua, a não forçar os limites do corpo.












11 comentários:

  1. parece o postulado para o princípio de conservação de energia...

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  2. tudo que se possa dissipar de ti, vai parar ao fundo do universo e volta como uma bola que bate na parede :)

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  3. Na outra noite, não sei porquê, entraste no meu sonho. E sonhei contigo. Aconteceu-me, sabes, apaixonar-me pelas tuas palavras. Pela pessoa bonita que és.

    Desculpa por ter partido, eu faço sempre isso. Blog após blog. Há anos que sou assim. Já nem me despeço. Vivo nesta guerra com as palavras.

    Eu também me chamo Ana, sabes? :)

    Obrigada, pelo que me deste que em tão pouco tempo foi tanto. Obrigada, Ana bonita.

    Gosto de ti.

    Alaska.

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  4. ("correntes" lá em cima, em vez de "coerentes")

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  5. obrigada, menina bonita, por teres vindo :)
    que estejas bem, é o que importa. hás-de ficar, a vida é longa, cabe nela muita coisa :)

    também gosto de ti.
    beijo

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