domingo, 8 de janeiro de 2017

como peixe



















quando saio de casa lembro do que li algures: intenção, acção e relaxamento. respiro o ar ainda gelado da manhã e chego à praia pouco tempo antes da confusão do domingo. caminho pelo areal.
até a mim me custa entender o bem que me faz aqueles minutos, à beira-mar. 
ontem, sufoquei, como o peixe tirado da água para ser esventrado na banca da peixaria.

quando entrei na sala, no dia antes de hoje, disseram - lá vem a ana de cabelos ao vento - uma forma simpática de dizerem que ando sempre despenteada - não tenho os cabelos ao vento - digo - eu sou o vento - e sou.

perante a minha pergunta, o homem-terra diz - veste uma camisola que tenha escrito nas costas "eu sou maluca", senta-te na areia em frente ao mar, e toca tambor durante cinco, dez, vinte minutos, o que te apetecer. ninguém vai incomodar-te.
acho que não falta muito...















2 comentários:

  1. Maluca? Uma pessoa que gosta de andar na praia de cabelos ao vento? Nada disso, malucos são os que não sabem o quão fazer isso é bom. Beijinhos ana :)

    ResponderEliminar
  2. 'maluca', para não estranharem, sentada na praia a tocar tambor :)
    dorme bem, Maria

    ResponderEliminar