de mangas arregaçadas e cabelo preso no cimo da cabeça, volteio na cozinha, com farinhas manteigas açucares ovos escamas de chocolate e canela.
não sei de onde chega, mas traz palavras e distrai-me das formas colheres de pau batedeiras e balanças.
ele sabe-o bem.
então diz-me, framboesa palato frescura textura aroma toque boca língua vontade apetite palavra solta volteia arrepio. não fala em ondular, deve andar com secura de mar.
os meus lábios sorriem, o meu olhar detém-se, o meu corpo acorda das dormências todas.
a noite já nasceu, a casa cheira a canela, apenas se ouve o som dos meus dedos no teclado. vou atravessar rios e pontes, sem chegar lá onde ele solta as palavras.
imagem da Alaska
Chegou aqui o maravilhoso cheiro da canela.
ResponderEliminarQue beleza de texto, ana. Que beleza.
ResponderEliminarPosso ficar por aqui, em tua casa? E deixar a canela vestir-me a pele, sim? :)
ResponderEliminarDeixo-te um beijo no coração. :)
Cuca,
ResponderEliminarA casa cheira a canela
É Haikucamania
Ele está com ela
Eu conto tremoços
Japanese poetry
Dele nem os ossos
:)
Que bonito e cheiroso cozinhado de palavras... Adoro canela :)
ResponderEliminarTu gostares, é tão bom, Susana :)
ResponderEliminarObrigada por dizeres. Bom fim de semana!
Obrigada Alaska! Fica sim. Olha as árvores os pássaros e o rio :)
ResponderEliminarCanela cheira a infância, Olvido, aconchego :)
ResponderEliminarPois, gostei mmuito do texto...mas fiquei a pensar na pavlova...é que é tão só um dos meus 3 doces preferidos (nem sempre os consigo ordenar mas sei que são aqueles).
ResponderEliminar~CC~
que bom, CC. ontem fiquei a saber que fazer uma pavlova é uma forma de cuidar, uma metáfora. vou dar a receita, assim que puder :)
ResponderEliminarMuito bom ana, quando as belas palavras vêm acompanhadas de um cheirinho a canela, nem apetece sair daqui :)
ResponderEliminarDeixa te ficar, Maria, mas o bolo acabou..:)
Eliminar