vem de lá de fora o canto da ave que ouço enquanto acordo. não lhe reconheço o modo de soltar os trinados, não é ave costumeira nestas redondezas onde normalmente são os melros, as gaivotas e o som áspero das pêgas que rompem por entre o roncar dos carros e das motas domingueiros.
não o avisto, não lhe sei o nome, ouço-lhe o cantar. se o visse e soubesse o nome, modificaria o que ouço e o prazer que me dá?
Talvez não mudasse, ana. :)
ResponderEliminarse eu, em vez de ana me chamasse alberta, o que escrevo seria diferente?
ResponderEliminaracho que não.
:)
o sentido da visão altera as coisas... sim, se soubesses, tudo mudava!
ResponderEliminarNão, ana. Penso que o nome não determina quem somos, menos ainda o que sentimos.
ResponderEliminarOcorreu-me uma estrofe do Drummond:
«Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.»
Boa semana, ana. :) Bj
realmente Hurican, desde que te vejo a caveira...até sonhei que me morria um corvo na varanda... cruzes...
ResponderEliminaré isso mesmo, deep. mais vasto é o meu coração :)
ResponderEliminarbeijo