então a dona do sítio garante-me que o linguado está morto, que posso levá-lo, e levo. ao lado, uma senhora questiona sobre a tenrura de um polvo, enquanto o dono do dito lhe diz que é de garantia. uns dias em água com sal, depois o congelador, e vai parecer manteiga. não sei, penso eu, se dá para barrar no pão, que depois desses preparos todos o bicho deve é estar podre. ao lado do animal, está outro da mesma espécie, e a cliente está indecisa entre o cinzento e o castanho, depois de ter reparado na expressão desconfiada da dona da bancada, quando o, por sinal marido, garantia as garantias à freguesa.
pois que ia pensar, disse a cliente, arqueando as sobrancelhas para a entendida, em tom de interrogação. depois digo-lhe, sussurrou a consorte do pescador. deixe-o morrer, que depois telefono-lhe.
eu, saí dali a correr com o linguado na mão, sem saber se quem está para morrer é o polvo ou o marido da dita.
eu também não suporto ver peixes moribundos.
ResponderEliminarnunca me esqueço de um sobrinho meu, bebé, a chorar porque tinha um peixe de olhos esbugalhados, no prato, e lhe disseram que tinha de o comer.
como eu o entendi, nesse dia...
sabes, Laura. cada vez me custa mais comer animais. estou feita...
ResponderEliminartambém entendo o teu sobrinho, perfeitamente...
atão já nem conto a história dos olhos de peixe...
ResponderEliminareu não quero saber da tua mania de comer os olhos dos peixes. nem quero ouvir...
ResponderEliminarjá tinha dito que gosto de comer os olhos dos peixes?
ResponderEliminarJá! Isso é horrível...
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