ainda sobre a violeta

ainda acredito que se cada um for coerente com as suas atitudes e aquilo em que acredita, se for solidário com quem lhe está próximo, se souber estar atento aos sinais dos 'acasos' e entendê-los, se conseguir ouvir a natureza em toda a sua sabedoria e ensinamentos e transmiti-lo aos outros, se fizer o que lhe é possível pelo bem comum, e não se deixar sufocar, atolar, anestesiar, pelas rotinas do dia-a-dia, pela luta pela sobrevivência, pelo acumular de riqueza e tralhas, pelas notícias, até, enfim, eu acredito que a vida que se vive neste planeta, pode ser gratificante e enriquecedora, para nós, por nós e para os outros. e não quero com isto virar a cara à miséria que se desenrola por esse mundo fora. pelo contrário.

tenho ando distante do meu lado espiritual, e hoje, lembrei-me das vezes em que pedia, na minha maneira de orar, que ele não me deixasse afastar dele. de seguida, lembro-me dos 'acasos' destes últimos dias, e de como fui trazida de volta para este lado de mim. ele, creio, a mostrar-se através dos fractais que me trouxeste, e da folha que morreu antes que pudesse vir a ser flor. 

lembrou-me a CC que a natureza tem as respostas todas. e tem. e sei-o. e andava longe disso, ultimamente. pela mão dele na dela, regressei. 
é claro, isto sou eu que não acredito em 'acasos'.

lembrei-me também, que apesar daquela folha não ter resistido, pois era tão pequenina e frágil quando parti-a por descuido, tantas outras floriram, a maior parte floriram. 
na verdade, apesar de todos pedidos para que tivessem cuidado com as minhas violetas, os rapazes fizeram voar bolas e almofadas em cima delas. mas a cada folha partida, cada vaso de violetas em flor. 
novamente.