sexta-feira, 2 de setembro de 2016

fim de semana



















parto em mais uma viagem para dentro de mim. mas são tantos os labirintos, que quanto mais me procuro, mais me perco, perguntando-me cada vez mais o porquê destas jornadas, sendo verdade, contudo, que nunca o soube. nunca soube por que comecei, sei que fui ficando. 

mas aqueles foram tempos em que nada esperavam de mim. chegava ali inteira e inteira podia ser. não me conheciam. lembras-te de te ter contado, talvez, da leveza do poder ser. agora o desafio é acrescido, entre aquilo que expectam e aquilo que eu sou e quero ser. encurralada, tantas vezes, procuro, insisto, alego, contraponho, estafo-me, pelo direito a ser, eu. a ser aquilo que reconheço em mim. com um sorriso nos lábios, a serenidade no rosto, um terramoto dentro de mim.

quero falar contigo. quero que tu me entendas. quero entender-te sem ter que o aceitar para mim. e os olhos demoram-se nos olhos um tempo imensurável.













6 comentários:

  1. São tantos os labirintos em nós... e tanto que nos dão a caminhar. Para nos perdermos e nos encontrarmos... às vezes.

    bj amg

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  2. Vezes sem conta. Vidas sem conta.
    Beijo, Carmem

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  3. nã há pessoas sem labirintos, nem sorrisos que nã tenham recheios de terramotos.
    Nunca como as bolas sem creme... para que fique claro.
    :)

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  4. é verdade, Manuel. só há pessoas que se labirintam e terramotam mais do que outras...
    nem me fales em creme, hoje...
    :)

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  5. Por vezes é mais difícil lidar com a s expectativas que têm de nós do que com as nossas falhas!

    :)

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  6. nem mais, Gil. apetece fugir para o cimo de uma montanha :)

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