sexta-feira, 26 de agosto de 2016

como se só houvesse vida para a frente

























é assim como se tivesse nascido com uma capacidade para o abandono, para o esquecimento, uma rigidez de pescoço que não me permite olhar para trás. sigo em frente, ou fico no lugar, mas entre aquela apatia do tolo e o alívio do caminhante que pousa a mochila ao final do dia. 

neste momento, sinto um sono que me pesa nos olhos e na cabeça, e o receio de que o passado queira vir para o hoje e todo o abandono que conquistei, volte, barulhento, invasor, poluidor. 

raios. 

podia até fazer disto uma história, mas não consigo. quem sabe... era uma vez uma mulher que só sabia viver para a frente...












10 comentários:

  1. "era uma vez uma mulher que só sabia viver para a frente"

    do mais poético que li nos últimos tempos...

    (um abraço, Lempicka, Anuska :)

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  2. obrigada alexandra :)
    (és muito bonita :))

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  3. não há nada a agradecer, foi abolutamente escrito o que senti, mas escusavas de gozar descaradamente comigo (fumo talvez 30 cigarros/dia, a minha beleza - interior, claro :) - esvai-se))

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  4. não estava a gozar contigo.
    mas 30 cigarros...cruzes, mulher! pela tua saúde...

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  5. o meu pai fumou desde os 10 anos, talvez, e morreu com um cancro no pulmão por conta dos depósitos de amianto...

    de alguma coisa teremos que morrer... :)

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  6. "Saudades do futuro", ana, é ser presente.
    Boa noite para ti.

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  7. tens razão, alexandra. e a ter que ser, que seja satisfeitas :)

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  8. sei lá, Teresa, sei lá.
    bom dia para ti :)

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