domingo, 10 de julho de 2016

porque eu não gosto de ver futebol, nem de ouvir











há dias em que a minha solidão me torna mais próxima de tudo e de todos, dos próximos e dos distantes, dos de cá e dos de lá. uma pequena frase em latim e regresso ao tempo em que o meu pai ma dizia, quando nada mais havia a fazer, os dados estão lançados, dizia-me ele, de consciência tranquila. hoje, digo o mesmo aos meus filhos, quando já não há mais nada a fazer, para que não fiquem presos num mau resultado, para que pensem na meta a seguir. o que eu digo não tem o mesmo impacto do que o que o meu pai dizia. talvez por eles serem rapazes e eu mãe, talvez pela minha falta de gravidade, talvez porque eu acredite que problema mesmo, é estar doente e não se saber do quê, ou estar doente e não ter cura. 
o facto é que dei com os burros na água, como também ele me dizia, os meus filhos cresceram sem o peso da responsabilidade, parece-me, embora me fique uma réstia de esperança de que um dia eles percebam, entendam, talvez, reconheçam.










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