é de noite, quando sou apanhada no meio de pesadelos, como hoje, e acordo com o corpo todo a tremer, como se trabalhasse com um motor desafinado dentro do peito, que pego na caixinha onde guardo pedaços de ti, e revejo-os um a um, palavras, olhos, boca, músicas, mãos, papeis manuscritos, bocados de tecidos, atacadores, pedaços de voz. fico assim, uma, duas, três horas, agarrada a ninharias, até que, vencida pelo sono, perco o medo de tornar a adormecer e de que eles me levem do meu corpo para fora, como quando era pequenina.
DUZENTOS ANOS DE AMOR
Há 26 minutos
sonhei que tinha um prato de morcego e a acompanhar coelhinhos fofinhos, com pelo e tudo.
ResponderEliminarcomeste-os, Manuel? ou eles também te quiseram levar?
ResponderEliminarnã, disse que tinha perdido o apetite...
ResponderEliminarquando o sonho é muito mau, faço força para acordar, e acordo. faço isso desde pequenina, quando sonhava que não cabia dentro do sonho e acordava desesperada, a chorar. já foi há muito tempo.
ResponderEliminarjá tentei acordar uma vez, mas nã estava num sonho...
ResponderEliminarQuando tenho pesadelos acordo a gritar, quem comigo dorme diz que é assustador. Os teus parecem, mesmo assim, te darem um melhor acordar. O sono acaba sempre por vencer :)
ResponderEliminarbeijinhos ana
Isso é mais dificil Manuel...
EliminarTu gritas, eu tremo...sou silenciosa no pesadelar:)
ResponderEliminar