se te perder, perco o sorriso da manhã, a calma do adormecer. o azul do céu passará a ser simplesmente azul e deixarei de decorar todas as tonalidades do mar para pousá-las nos teus olhos, com os meus. se te perder, deixarei de reter no meu peito o cheiro da maresia, para que o sintas nos meus lábios, deixarei de pedir que faça sol aí e que as nuvens de vez em quando amenizem o brilho que me fere os olhos. se te perder, as palavras vão ser só palavras e não mais farão este reboliço todo no meu corpo. se te perder, tu sabes, um dia de calor será apenas um dia de calor e o vento fará apenas ondular o meu vestido e ondular nem me lembrará de ti. se te perder, nunca mais me lembrarei que o sabor a chocolate que tenho na boca, é igual ao sabor que tens na tua, como se estivessem juntas, uma na outra, e o chocolate será apenas chocolate, e talvez aí eu deixe de o comer avidamente e perca finalmente aqueles quilos de que me quero livrar. se te perder, o sol deixará de nascer aqui para ti. se te perder, os livros serão apenas folhas com palavras para se ler, e não pedaços que eu encontro de ti, por aí, contados por outros. se te perder, deixarei de gastar tempo a escrever estas coisas.
se te perder, não perco nada que se veja.
Muito bonito, ana. :)
ResponderEliminarBeijo
Obrigada deep :)
ResponderEliminarvou ali citar uma cena :)
ResponderEliminarnão te percas :)
ResponderEliminartens de fazer uma "amarração", assim nã se perde :)
ResponderEliminarmuito bom, bom dia Maresia
"amarração"? valhamedeus jamais!
ResponderEliminarbom dia para ti Manuel trovisco. sempre, sempre, sempre :)
:)
ResponderEliminarBom dia ana
lindo, lindo
se te perder… nem uma, umazinha.
ResponderEliminarenquanto não me perderes, fica-te a esperança de uma barrigada delas :)
ResponderEliminarobrigada, vizinha :)
ResponderEliminarés um doce.
beijo