quarta-feira, 27 de abril de 2016

coisas





























ela mostra-me uma imagem de uma toca que abriga um animal. a criatura espreita para o lado de fora, com olhos brilhantes e assustados. ele está bem ali, sente-se protegido, tem quem o alimente e não precisa de sair. é o medo.

ela reconhece que constrói muros à sua volta para se proteger e para  esconder o seu íntimo dos outros, para não os preocupar. os muros, quando crescem, tornam-se poços.

quando ela se esconde dos outros, para não causar preocupação, está a esconder a sua fragilidade, as suas vulnerabilidades, impedindo-se de ser, verdadeira, frágil, com limites, e a humildade é reconhecer os limites, e aceitar ajuda, e permitir-se receber.
por outro lado, impede os outros de aprenderem a lidar com as suas fragilidades, e crescerem com isso.

ela fala como se não falasse e eu ouço-a como se fosse para mim. e é. estamos todos ligados nestes caminhos da vida.














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