quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Ancestrais

 






olho com atenção para a lápide, depois de ter pousado o vaso de flores amarelas. ali inscritos estão os nomes do tio, primo, avós, bisavós, trisavós, tetravós e uma amiga antiga que não tinha onde descansar os ossos. a maior parte dos apelidos já estão diluídos no tempo.

trago essa imagem comigo, e uma veneração tardia por aqueles que me correm nas veias.

neste fim-de-semana passado, o professor contava a história de um ancião, personagem de um filme do qual não me lembro o nome, que, ao lhe perguntarem quem era, respondia 'sou..., filho de..., neto de... bisneto de..., trisneto de... ' e por aí fora.

sabendo que os meus ancestrais não se encontram ali, naquela profundidade da terra coberta por uma roseira, trago comigo os nomes que representam aqueles dos quais também sou feita. e agradeço-lhes a vida.




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