Amélia bamboleia-se à minha frente e as outras imitam-na. Talvez o burburinho que ouço, entrelaçando o chilrear das aves neste entardecer, seja os cochichos delas dizendo de mim - olha ela, a que nos nomeia, a que fala connosco e nos ouve. . E baloiçam os ramos ao sabor da nortada mostrando-me todas tonalidades de verde e de sabedoria.
Amélia, a mais alta e mais esguia, abre, diria eu que propositadamente, a copa, e acolhe-me no seu regaço.
Mestre árvore, em ti repouso, em ti me fundo, em ti procuro as raízes e o céu.
E ela olha-me com as folhas a transbordarem amorosidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário