diz a tia, que conta a bonita idade de 92 anos e uma vida que se poderia dizer bem vivida, tendo viajado pelo mundo todo, sempre instalada nos melhores quartos dos melhores hotéis - muito muito muito muito bom - como ela mesma qualificava...
bem, como estava eu a contar ao forasteiro, diz a tia que a vida são dois dias e que temos que aproveitar tudo tudo tudo tudo.
sabendo que é um lugar comum, e mesmo assim, sendo expressão que eu rejeito e que até me provoca alguma urticária, fico a pensar como é que aqueles 92 anos vezes 365 dias podem ser resumidos a tão pouco.
aqui na minha pacatez, e arrisco dizer, simplicidade, sem que com isso me queira gabar, tenho a sensação de que a vida são todos os dias, estando a gente onde acredita que deve estar. e, mesmo nas agruras da vida, no automatismo das horas, na inevitável insatisfação que algumas obrigações acarretam, saber que se está onde se está, em amor.
se é que me faço entender...
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