uma vontade secreta de celebrar inquieta-lhe o peito. abre uma lata de sardinhas, aquece um pão congelado, abre uma cerveja. em frente está o menino jesus iluminado e aquecido por uma pequena vela. a árvore de natal alterna as cores que brilham, à vez, calmamente. o seu altar está apagado, mas ao pousar o olhar em cada imagem, em cada significado, em cada ancoragem, dá-lhe luz.
saboreia lentamente o repasto que se ofereceu, levanta a caneca onde borbulha a bebida gelada demais para o frio que faz, e agradece, agradece sem saber bem o quê, mas uma cura se faz algures, em alguém que não conhece, de forma surpreendente.
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