[ainda bem que conservei a pequena borboleta dourada comigo.]
quando há dois dias a mulher que dizem que carrega uma doença, entrou em minha casa, à procura de comida e de um abraço e de uns ouvidos tipo ecoponto, vinha derrotada
- andei tanto para aqui chegar e agora morrer não pode ser... apareceram-me bolinhas em todo o lado que me doía estupidamente e não sei o que fazer.
ela vertia a alma dela para dentro do meu peito enquanto eu obrigava-a a levar empadas de frango e nuggets saudáveis para fazer no forno
- leva que é bom. são panados com iogurte e pão ralado feito cá em casa com pão fresco. tens que comer bem e descansar.
ela ia rendendo-se ao que eu lhe pedia, enquanto a alma se tornava mais leve, e a borboleta lhe saltitava nos cabelos indo pousar na pálpebra.
- a minha borboleta pousou em ti...
alertei, para que ela não a magoasse, pensando cá para mim que era bom sinal
- tu tens uma borboleta?
- sim, vive comigo há tempo demais para ela
talvez à espera dela
[a mulher que dizem que carrega uma doença não estranha nenhuma das minhas estranhezas a não ser a disponibilidade para a ouvir]
na despedida
- dá-me um abraço. hoje preciso mesmo
- mas tenho medo de magoar as tuas bolinhas...
enquanto fazia do meu abraço uma concha, e do meu peito um alívio
Aqui vai também um abraço para ela, assim, quando estiver com ela novamente, dê-lhe dois.
ResponderEliminar~CC~
Darei, CC. Muito obrigada :)
Eliminarlinda, ana linda :*
ResponderEliminarvindo de ti, quase acredito )
Eliminarobrigada, granma alex :*
é bom que acredites, ou convocarei os inacreditáveis bandos de pardais que por aqui invadem o belo éter do entardecer para que te visitem: todos.
ResponderEliminar(começa a preparar a aveia :))
aveia é o que mais tenho, senão eles amotinam-se :)
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