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sentada no chão de pernas abertas, a mulher lê o oráculo em frente à fogueira. tem as labaredas do fogo em vez da chama da vela, e os aromas do falafel em vez do incenso. resolveu atravessar esta lua fria, sozinha, em vez de se sentar no circulo de mulheres que procuram a deusa. não precisa de sair do lugar. ele tinha dito que as linhas paralelas se encontravam no infinito, mas os mundos estão cada vez mais próximos, a cortina que os separa, cada vez mais fina, quase que o toca. ficam os cheiros a cominhos e coentros a prendê-la à terra; o vento, vazio de gaivotas, a convidá-la ao devaneio.
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