quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Prognósticos

 




A mulher falava, falava, falava, que o médico lhe tinha assegurado que casos de x, y e z eram sentenças de morte, de certeza. Falava, sem querer saber se atingia quem a ouvia, falava...

O médico não lhe devia ter dito isso. Façam-se diagnósticos, mas não prognósticos. Muitas vezes o que mata uma pessoa é falta de esperança... e há milagres, e o corpo de repente faz um reset e há remissões espontâneas...

Disse eu e metade pensei...
A mulher falava de outra, mas o que dizia podia atingir qualquer pessoa que a ouvisse, ali no café. E enquanto se afastava, garantia, se um dia for comigo, é sentença de morte!
E eu que sei da força do pensamento,  a desejar que ela trocasse a morbidez por orações, por desejos sinceros de melhoras, por luz e emoções boas que envolvessem a outra.
Porque, forasteiro,  o pensamento é energia,  e a energia chega até onde for a nossa atenção, e o que eu pensar de si, para si, sobre si, irá cobri-lo, aconchegá-lo, quiçá,  curar... 
sabe quando de repente desce sobre nós uma acalmia que não se sabe de onde veio? É isso, forasteiro... 




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