domingo, 6 de junho de 2021

eu honro a minha cura

 




murmura a mulher com o joelho dobrado no chão, perante todos os seres que se fizeram presentes

eu honro a minha cura

eu alimento-me de forma saudável

eu venero o meu corpo

eu valorizo o meu cansaço 

eu estou aberta ao amor e olho com carinho para todos os desamores do passado

eu perfumo-me

eu abraço os meus prazeres

eu dou-me prazer

eu aceito a minha fragilidade 

eu ultrapasso com doçura os meus limites

eu permito-me desistir 

eu permito-me sonhar

eu aceito o caminho

eu sei que o que preciso para o meu crescimento virá até mim

eu sou o que eu sou e não aceito ser menos 

eu aceito a minha finitude

eu reconheço-me

eu cuido-me

eu respeito-me

eu honro a minha cura














4 comentários:

  1. Honra a sua cura... idolatrando-se, qual divindade!
    Não acho bem nem mal, antes pelo contrário.

    Boa semana, Ana!

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    1. Venerando - me, precisamente, e a quem concede a cura, também.
      Feliz semana, Janita :)

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  2. é parte da cura o desejo de ser curado, já dizia o tio Séneca

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    1. e o processo da cura é maioritariamente doloroso, dia a tia ana :)

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