Às vezes o teu sonho é tão simples que nem o reconheces. E vives uma vida inteira rente àquilo que te faria feliz aspirando reconhecimento em algo que apenas te evidencia aos olhos dos outros. E vais mirrando, e a vida vai encolhendo, e o tempo atraiçoa-te fazendo dos dias a teia de aranha em que caíste e onde te custa mover. E um dia em que pediste ajuda em oração, os filamentos que te prendem começam a ceder, e ganhas coragem, e trocas o certo pelo inseguro, e embora sigas com receio, sabes quem és, encontras morada em ti, sabes por onde não queres ir, ao que não queres voltar, o teu sonho começa a ficar nítido e vês que sempre esteve aí e que ainda há tempo.
[haja saúde]
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