a vida é feita de afastamentos. linhas que se quebram. nuvens que se desfazem. sonhos frouxos.
e assim seguimos, sós. cada vez mais sós.
nunca o olhar onde se mergulha será lago da mesma água que o nosso.
o corpo rodeado de fronteiras.
enquanto se finge que se acerta o passo, desacerta-se. seguimos desacertados.
...
agora que o som da água da rega nos jardins se silenciou, a vela ainda tremeluze na varanda, lembrando-me do que sou grata.
os dedos tamborilam estas palavras, e os dias passam. a vida corre, a bem dizer.
resolvi seguir a linguagem dos anjos. vou seguindo os seixos deixados no caminho e cada passo é um bamboleio. a vida uma corda bamba. e eu sigo.
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