domingo, 5 de abril de 2020

Rodopia (corona 21)








Tocando o tambor com a minha mão aberta, o som que me chega é o da batida dos meus companheiros de caminho. É mais do que uma forma de disfarçar a solidão, é um chamado aos irmãos de alma.
Foi com eles e com a protecção dos representantes dos animais de penas e bicos, garras e patas, barbatanas e guelras, cascos e chifres, do pai céu e da mãe Terra, dos seres de Luz, e de Viriato, que iniciei a viagem, que pretendia que me levasse a outros mundos, outra forma de espiritualidade, talvez a uma trégua destes estranhos dias.
Enganei-me. Quiseram os mestres que eu viajasse para dentro, que eu cuidasse do meu mundo, da minha casa, antes de olhar para fora. Que a magia se não existir dentro, nunca se manifestará para fora. Que a energia para circular, precisa de espaço e luz e leveza e alegria.
Rodopia, de dentro para fora










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