A mulher que lavava futuros nas margens do rio, agora vê o passado distorcido no reflexo do presente.
O rio corre lamacento num vómito de margens rumo às águas do
mar.
São agonias iguais, a da mulher e a das águas.
A corrente precipita-se, alagando terras, galgando margens, cuspindo pedras.
A mulher, desajeitadamente acerta o passo com ela mesma, num incessante traçar de trilhos que se esboroam de cada vez que levanta a guarda, de cada vez que repousa o olhar, noutro olhar. Naquele incessante caminho lodoso que ela percorre, vai percebendo que o destino é ela mesma, e que a viagem é a quietude.
São agonias iguais, a da mulher e a das águas.
A corrente precipita-se, alagando terras, galgando margens, cuspindo pedras.
A mulher, desajeitadamente acerta o passo com ela mesma, num incessante traçar de trilhos que se esboroam de cada vez que levanta a guarda, de cada vez que repousa o olhar, noutro olhar. Naquele incessante caminho lodoso que ela percorre, vai percebendo que o destino é ela mesma, e que a viagem é a quietude.
Possam os rios correr mais cristalinos no ano vinte vinte, possam os trilhos ser mais fiáveis, mesmo quando nos atrevermos a sonhar...
ResponderEliminarAbraço apertadinho, Ana :)
🌹
E possamos manter a coragem de sonhar.
EliminarFeliz Ano, Maria
Outro abraço :)