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e a mulher morreu.
tanto alguns esperaram, vigiaram, espiaram, ansiaram, que a mulher morresse. rondaram a casa, leram nas entrelinhas, controlaram as rotinas, sondaram intenções.
tantos desejaram que a mulher morresse. a velha mulher, anos acamada, sem descendentes, apenas parentes afastados que farejavam-lhe o leito à espera do cheiro da morte, e a negra, a negra que dela cuidou, de tal forma, lamentavam, que ela resistiu muito mais do que seria suposto, porque uma mulher acamada não tem direito a ocupar os dias dos outros.
e agora a mulher morreu e não vai fazer falta a ninguém. os que lhe contaram os dias, irão vender até ao último botão, todos os bens, e todos os males de uma vida solitária.
abutres
Infelizmente há coisas que nunca mudam... e esta espécie de abutres não está em vias de extinção.
ResponderEliminarBom fim-de-semana, Ana :)
🦋
estou rodeada deles por todos os lados. até arrepia.
EliminarBoa semana, Maria :)
Pois, mais vale gastar tudinho em vida...
ResponderEliminarConheço famílias que até pareciam ser harmoniosas e quando chegaram à herança, ficaram irreconhecíveis.
~CC~
Concordo plenamente, CC.
EliminarSempre estremeço quando me diz ou escreve "Meu querido filho".
ResponderEliminarNão conheço palavras mais bonitas!
E de cada vez que me diz, "Leva já isto, não está cá a fazer nada", sei que fico cada vez mais pobre...
Não veja assim, Joaquim. É com amor :)
EliminarAté arrepia, cuidar e mimar esquecem-se, mas depois vêm a correr e ainda brigam nem que seja por quase nada...
ResponderEliminarBeijinho ana
é mesmo, GM. temos é que curtir e gastar tudo!
EliminarBeijinho