quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Daqui, do nada








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Moscas há muitas, muitas. Felizmente, ainda há muitas por aqui, depois de uma viagem sem um único insecto esborrachado no pára-brisas.
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Esta manhã vi três pessoas, uma de cada vez, a subir a rua. Também passaram 3 carros.
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A cegonha que atravessou o céu por cima do espaço onde nada faço resolveu aliviar o intestino em pleno voo. O produto do seu alívio viajou no leito do vento quente, para se refrescar na piscina, chapinando, aos meus pés.
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No centro da vila, onde por todo o lado estão espalhados bancos de jardim ao abrigo de toda sombra, os casais de idosos passam, mão na mão, trazendo-me esperança numa possibilidade de amor.
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As mulheres gordas exibem as banhas transbordando dos biquinis com exuberância e alegria.
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Aqui não faço nada, não penso nada e parece-me que continuaria assim, indefinidamente, sem dificuldade alguma.
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Difícil vai ser voltar ao que era, a ser o que era.
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