quinta-feira, 19 de setembro de 2019

a voz








Então a voz que ouvia do seu lado esquerdo, abriu caminho através dos seus lábios
Se me enganares, faço - te um bruxedo que nunca mais te endireitas
A mulher nem queria acreditar que aquelas palavras tinham o som da sua voz. Tantas vezes as pensara mas nunca lhes tinha dado corpo. Como se fosse outra que não ela que as trazia amordaçadas nas vísceras
O homem riu.
Não subestimes as minhas capacidades...
Murmurou-lhe ela com um olhar límpido e calmo, enquanto pensava que nem precisaria de fazer nada, a intenção estava lançada, intensa.










2 comentários: