sábado, 2 de março de 2019

roda








a resposta chegava-me na forma de desenhos geométricos que se expandiam numa espécie de semi-círculos e linhas rectas, em tons de azul, verde e lilás. era assim como uma espécie de linguagem universal.
a pergunta persegue-me há meses...
conto eu, naquela roda de gente sentada no chão, onde é suposto partilhar o que se vê para além do olhar. mas, para aquilo que vi, não encontro palavras que correspondam
há meses que me pergunto, como posso incluir tudo isto, tudo o que aprendi, todas estas práticas espirituais, nas rotinas do dia-a-dia, nas contas para pagar, no trabalho que promete escassear, nas tarefas domésticas, o lixo que se acumula nos cantos e a roupa suja que nasce como cogumelos, nos filhos e tudo o que os envolve, na doença, nos medos, e em mim... o que é que faço com tudo o que aprendi?
e agora, enquanto escrevo, depois do que vi para além do olhar, eu sinto que com tudo o que aprendi, eu não faço, eu sou
e que a partilha se expande, para além daquela roda de gente, sentada no chão











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