sexta-feira, 22 de março de 2019

a marta








a minha amiga transborda satisfação. caminho de frente para ela. atrás da marta segue-a o marido, com as mãos pousadas nos ombros dela, enquanto ela bamboleia as mamas vísiveis na camisa branca desabotoada, e o ventre exibe um umbigo aberto pela carne que sobressai entre as calças e os três botões, também desabotoados propositadamente. 
ela empina a barriga. tudo nela que é corpo abana enquanto me dirige um sorriso largo e me mente que eu posso ficar com o homem dela, se eu quiser. não quero. quero sentir por dentro aquele estar de bem com a vida, com a idade, e com o corpo, com a intimidade que salta das mãos dela para as do companheiro, que cruza os olhares um do outro, juntos há décadas, e por mais quantas possam vir pela frente.






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