segunda-feira, 26 de novembro de 2018

shiny shiny light









a fada estava danada
não queres saber de mim para nada e agora apareces, assim, só porque sim?
toda a gente sabe que as fadas são temperamentais, mas shiny shiny light não parava de esvoaçar, indignada com a minha presença
é só Faruch, Faruch, Faruch! só queres saber desse gnomo a cheirar a musgo! espalhas gnomo por todo o lado, e agora vens aqui porque queres saber com recuperar a magia na tua vida?
eu e shiny shiny light nunca tivemos um relacionamento pacífico. a fada empertigada, solta-me sempre impropérios e trata-me como uma incapaz por eu não estar constantemente em festa e alegre. que a vida é uma brincadeira, repete-me sempre que lá vou, que a vida é magia, é cor, é brilho, e, que só assim atraímos abundância e fazemos a vida maior. eu, dou-lhe um desconto pela irresponsabilidade, e, embora não o verbalize, ela acede aos meus pensamentos, e bombardeia-me com toda a espécie de paus e bolotas e avelãs e tudo o que tiver à mão
queres magia para a tua vida? então toma lá!
e despeja pela minha cabeça abaixo um saco de rede com tudo aquilo que já sei, com tudo aquilo que aprendi, conchas, mar, areia, flores, intenções, incenso, cartas, búzios, cristais, todas as fases da lua, cheiro a terra molhada, ervas aromáticas e plantas mágicas, sonhos, especiarias, missangas, velas, perfumes, orientação de olhar, pontos cardeais, animais, capacidade de sentir as pessoas certas nos caminhos, e muitos caminhos, muitos.
fico ali, sentada, com tudo o que sei espalhado ao meu redor, e ela ri, um riso de gozo e desprezo, gargalhadas sonoras, 
agora espalha o meu nome por todo o lado, como fazes com o Faruch! 

e aqui estou eu a dar conta da existência de shiny shiny light








2 comentários: