todos os meus dias começam de véspera, enquanto enumero o que tenho que fazer no dia seguinte. não vou conseguir, não é possível, penso invariavelmente.
quando acordo a meio da noite, é a mesma previsão que me impede de dormir, e as horas passam tentando seleccionar pensamentos que me tragam o sono de volta. envio mails, respondo a comentários, e é quando melhor escrevo.
levanto-me sempre tarde demais, embora o dia ainda não tenha nascido, e então, é aí que começo a tentar não pensar no tempo, esse adamastor. e começo. tarefa após tarefa, saída após saída, regresso após regresso. e as peças encaixam, o puzzle forma-se, o dia cumpre-se, se eu não pensar no tempo. apenas eu não me cumpro, reconheço.
vejo-o, ao tempo, como uma passadeira rolante, que passa a uma velocidade maior do que o meu passo, por baixo dos meus pés sem que eu tropece, e nem sei se isso é bom, ou mau. talvez eu me demore nos dias, apesar do tempo passar.
às vezes sinto-me vazia, sabes, quando não consigo fazer o que me proponho para o dia seguinte. coisas pequenas que são, agora, o mundo para mim.
ResponderEliminarum beijo nesse teu coração, ana bonita. :)
Em vez de ficares triste pelo que não fizeste, fica grata pelo que conseguiste fazer e, com a continuação, vais ver o tempo expandir :)
EliminarBeijo estrelas no teu cabelo
O tempo, essa estranha entidade que ora vemos, ora não vemos passar mas que sempre nos controla mesmo se achamos o contrário.
ResponderEliminarTalvez se não nos fosse incutida, desde que nascemos, a definição cronológica do tempo, a nossa relação com a vida é o tempo seria diferente :)
Eliminar*e o tempo
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