sábado, 6 de janeiro de 2018

a vida do costume









a mulher que se sente doente diz
só quero poder fazer a minha vida, a vida do costume
enquanto a ouço, lembro que a vida dela do costume, é aquela de que ela normalmente se queixa, da monotonia, da repetição, do trabalho sem gosto. tudo muda, penso, tudo muda com a fragilidade do corpo, com a noção da finitude. deveria mudar para melhor, para a mudança, mas, neste caso, parece-me que muda para um valorizar das pequenas coisas, das rotinas, e fico sem saber qual das forças nos faz olhar com mais alegria para a vida










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