um dia, o Pires saiu da faculdade, sentou-se num banco de jardim e adormeceu. os seus alunos, ao verem o professor adormecido, resolveram pregar-lhe uma partida. então pegaram numa tesoura e cortaram-lhe a barba.
quando o Pires acordou, viu o seu rosto reflectido no vidro de uma montra, e, não se reconhecendo, disse:
- Pires era, Pires sou, tinha barbas, quem mas cortou?
cofiando (o meu pai não utilizava este termo, mas aprendi-o eu recentemente) a pele onde na véspera tinha pêlos, lembrou-se:
- vou à casa do Pires, se não estiver lá o Pires, então Pires eu sou, se lá estiver o Pires, então quem diabo eu sou?
e pronto. ficava eu com os olhos arregalados perguntando como acabava a história, e pedia ao meu pai que a repetisse todas as noites até eu adormecer.
Eu teria vontade de fazer o mesmo, não gosto nada de barbas :)
ResponderEliminaro Pires era prof. de filosofia... só pode. :)
ResponderEliminartem uma boa noite, ana.
Maria, já me tenho sentido tentada com a barba dos meus filhos...:)
ResponderEliminarsó podia, Teresa :)
ResponderEliminaresta história fascinava-me. colocava-me na pele do Pires e ficava aflita por pensar que um dia podia acordar e não me reconhecer...e agora são tantas as vezes em que não me reconheço :)
beijo, Teresa (é o dia mundial dele)
beijo, ana, no dia mundial dele :)
ResponderEliminare como acabou? :)
ResponderEliminarO meu pai ria-se e dizia que o Pires não estava lá, mas eu ficava com medo de adormecer e ao acordar não saber quem eu era, e se deixasse de ser quem era como é que podia ter o meu pai outra vez...
Eliminarserá por isso que deixamos de saber quem somos?
EliminarEngraçada!
ResponderEliminarKis :=}
ainda hoje eu conto esta história, como antes o meu pai me fazia.
Eliminarbom fim de semana, AvoGi