domingo, 26 de março de 2017

recorrências









'mas quando chega aos índios norte-americanos que também têm os seus mandalas, os seus desenhos nos tambores, o corpo é uma mandala. então tu olhas e está lá tudo: os rios, o vento, o mar, as nervuras, as árvores. há tudo no nosso corpo e quanto mais nós compreendemos isso, mais vivenciamos isso, mais abrimos o canal entre o consciente e o eu básico, ou aquilo que alguns chamam de subconsciente'

andré louro de almeida


quanto mais mergulho dentro de mim, mais percebo que é na ligação à terra e aos elementos, que posso encontrar o caminho da aceitação de mim mesma e dos outros. falta-me no entanto, e essa é uma grade dificuldade para mim, conviver com o meu lado sombra, reconhecê-lo, dialogar com ele, aliar-me a ele. dizem-me os mestres que enquanto isso não acontecer, continuarei a ser recorrentemente desrespeitada pelos outros. 


'E então veio-lhe ao espírito uma recordação de Avalon, algo em que já não pensava havia uns dez anos: um dos Druidas, ao dar instruções sobre a sabedoria secreta às jovens sacerdotisas, dissera: «Se quiserem saber qual é a mensagem dos Deuses sobre o que dirige a vossa vida, reparem naquilo que se repete vezes sem conta; porque essa é a mensagem que os Deuses vos enviam, a lição cármica que têm que aprender para esta encarnação. Virá uma, e outra vez, e outra ainda, até que tenham feito dela parte da vossa alma e do vosso espírito corajoso.»
O que é que me aconteceu por mais de uma vez?....'

(Marion Zimmer Bradley - As Brumas de Avalon, O Rei Veado)










2 comentários:

  1. Exigimos demais de nós próprios, perdoamo-nos pouco, culpabilizamo-nos muito e, enquanto assim andamos ocupados, deixamos que, pelas brechas, entrem aqueles que nos apanham as fraquezas e se aproveitam delas. Com o tempo, por vezes muito tempo, vamos aprendendo a tornar-nos prioridade.

    A propósito, ocorre-me um poema que publiquei há tempos no Letras: http://amaroinfinito.blogspot.pt/2016/04/sol-de-marco-em-abril.html

    Li as Brumas de Avalon há muitos anos. Lembro-me que fiquei fascinada por esse mundo de brumas, sacerdotisas e druídas. Depois,li Presságio de Fogo. Sempre a perspetiva feminina de um mundo de homens.

    Boa semana, ana. Beijo

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  2. é verdade deep, quantas vezes é apenas uma questão de respeito por nós próprios, e depois, como diz o poema, caímos e caímos e caímos, nem nos apercebemos, por vezes.

    também me fascina o tema de Avalon, mas não li o Presságio de Fogo. vou colocar na minha lista, obrigada.

    boa semana, que seja leve. Beijo

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