terça-feira, 27 de dezembro de 2016

negócio








além das palavras escritas, levou-me (o pai natal) também as palavras faladas. reparo quando tento falar ao telefone com um parente. não se soltam, ficam presas na garganta ou saem trocadas. vou disfarçando com um 'não era isso que queria dizer', quando na realidade era mesmo. assim como se me tivesse enfeitiçado para dizer a verdade.

mas isto não vem a propósito do que aqui me traz, a não ser para provar que realmente estou às avessas, pois o que aqui vim dizer, é que tenho fé para emprestar em troca de passeios à beira-mar, mas a molhar os pés na rebentação durante pelo menos 10 minutos. posso até tentar encontrar alguma lógica para o produto que tenho para troca, se além dos 10 minutos, incluir um pôr de sol ou um céu estrelado. 

p.s. - também aceito chuva na praia.
p.p.s. - a fé não tem garantia nem prazo de validade.
















20 comentários:

  1. Fiquei a pensar no que poderia oferecer-te se nem mar, ou céu estrelado tenho... Tenho algumas folhas de Outono coladas nas paredes do meu quarto, pode? :)

    Deixo um beijo no teu coração, Ana bonita. :)

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    1. Eu tenho o mar, anda daí, não te levo as folhas se me falares dos ventos que as fizeram voar.
      Deixo-te um beijo nos cabelos, menina bonita.

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    2. Posso falar-te dos ventos, sim, enquanto contamos as marés. :)

      Gosto de ti, hoje, mais um bocadinho. :)

      Deixo-te um beijo na testa. :)

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    3. Um beijo na testa faz-me chorar...
      Bom dia, menina bonita.

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    4. Oh não, não quero que chores. Eu vou só ali pintar o céu de azul escuro, 'tá? Diz-me, quantas estrelas preciso para te roubar um sorriso? :)

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  2. Queres umas pedaladas na imensidão da serra? Eu mando-te, andei por lá hoje toda a manhã. Uma maravilha :)

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    1. Quero quero quero, Maria! Quem me dera... Aceita um bocadinho de fé :)

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  3. Tens mar mas não tens a minha praia, com lagoa de brinde. Tem mar forte e vigoroso, e ventos que te irão levar onde quiseres.

    Dou-te a minha Foz do Arelho.

    Não quero nada em troca. Estou cansado de negócios.

    Ah e na percas a tua Fé ;) é o teu maior bem.

    Boas Festas :)

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    1. Obrigada, conta corrente, muito. Conheço a Foz do Arelho de há muitos anos atrás :)
      Na verdade, não tenho jeito para negócios...
      Tem um bom 2017!

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  4. trocar fé por caminhadas na praia... nã me admira que sejas enganada por ciganos! Temos de resolver essa coisa das palavras, guardar umas próprias em caixas para usar nessas situações...

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    1. Um bocadinho de fé sem garantia nem prazo de validade...uma caminhada na praia pode salvar-me..
      Tens palavras para mim?

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  5. tu és a criadora das estrelas, Ilmatecuhtli, a praia que se estende a teus pés, és tu. Não deixes a viseira levantada, mantêm a esquerda subida, é essencial proteger o baço... se nã for suficiente, faz como eu, pede ajuda aos que já partiram, eles colocam as palavras no sítio certo. Mas nã digas a ninguém.

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  6. Tu lembras-me o que sei e esqueci. Eram essas as palavras que eu tinha perdido.

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  7. Ah Ana, a fé não se pode dar...é aquela coisa que só cada um pode construir, eu não a tenho e ninguém ma poderá dar. Uso sempre a palavra esperança, nunca fé, por a saber ligada à religião (qualquer uma) ou pelo menos a uma visão mística do mundo em que Deus existe. Mas também iria consigo recebendo em troca apenas a sua companhia, esse é o bem mais precioso que sinto que alguém pode dar a outro. Tenho a Arrábida a meus pés, é um mar manso e frio mas muito bonito. Disposta a recebê-la quando quiser, é só dizer.
    ~CC~

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    1. Gostaria tanto, CC...muito muito obrigada. Só tenho que entender como funciona o meu coração, tecnicamente, claro, e baterei à sua porta.
      Que bom :)

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  8. Eu dou-te um teatro pequenino onde cabe o mar, o por-do-sol e um céu estrelado a perder de vista. Serve?

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  9. perfeitamente, Laura. eu tentarei explicar-te a minha fé.

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