sábado, 22 de outubro de 2016

marés








no escuro do inicio de noite, um som areado faz com que abra a porta da varanda, para perceber se o que ouço vem de fora, ou se é mais uma forma dos zumbidos que habitam a minha cabeça, com que me acostumei a passar os dias, e por vezes também as noites.
é a chuva. chove que deus a dá e eu não tenho nada para escrever. 

habituei-me a não esperar, e a quem nada espera, os dias crescem. 
têm-me sobrado horas nos dias e eu não sei o que fazer com elas. tinha-me habituado ao contrário, a que não me coubessem no tempo, as tarefas que me obrigava, e agora assim de repente, invento desculpas, mudas, para não ir apanhar conchas para a praia, eu que preciso tanto de apanhar conchas na maré baixa.











8 comentários:

  1. ... e eu que não sei, ana,onde ir buscar horas e vontade para tanta coisa que tenho para fazer. :)

    Bom domingo. :)

    (Aqui, neste momento, chove "que Deus a dá"!)

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  2. às vezes o tempo é manipulável :)
    bom domingo, deep :)

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  3. se deus dá, é de aceitar, nã? :)
    desculpa se às vezes a minha insensibilidade passa de dentro para fora :)

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  4. Ah! o tempo, esse mal necessário :) Não penses, deixa parar a chuva e vai apanhar as conchas. Sabe tão bem :)

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  5. tentei chamar-te Manuel, trovisco, e mais uns quantos. os dedos só sossegaram quando escrevi Hurican...

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