domingo, 21 de agosto de 2016

sempre o mar





















a cor do que sentiam começou a mudar quando ele começou a querer dar nomes aos momentos em que eles cresciam quando estavam juntos, a querer que ela ecoasse as palavras que ele dizia, que ela visse como os olhos dele viam.
então o tempo passou a ser contado em dias e a ser medido no calendário em vez de ser medido no coração, e perceberam que a distância entre o último dia em que se tinham encontrado e o seguinte, eram duas semanas, três semanas, inaceitavelmente um mês, e perderam a capacidade de estarem próximos mesmo distantes, estarem perto por dentro. 
em vez do caminho que trilhavam juntos, mesmo que em direcções opostas, ela sentiu-se encurralada, ele sentiu-se desprezado.
não chegaram a ir juntos, ver o mar.
talvez ele tenha vindo para lho mostrar, dentro dela. 
o mar.
talvez ela tenho vindo para lho mostrar, dentro dele.
o mar.











2 comentários: