quarta-feira, 17 de agosto de 2016

porque o que se partilha cresce






















quando chove, fico com a varanda cheia de pardais que se abrigam, empoleirados numa pequena oliveira seca que conservo num vaso. cada vez que fica coberta de pardais, a oliveira ganha vida, vida de ave, e a varanda deste lugar onde moro, torna-se abrigo, além de alimento. neste momento em que escrevo, chove, e eu até podia nem estar a escrever nada disto, mas hoje, numa dedicatória de um texto que o pedro me enviou, dizia 'para ti, porque o que se partilha cresce', e pareceu-me ser uma boa razão para escrever. nunca sabemos em que chão cai a palavra, o alimento.

ser abrigo e alimento é poder ser maior. nem que seja para pardais, nem que seja para quem não saiba ver.

(obrigada Manuel, pelo Mau Tempo)















6 comentários: