domingo, 17 de abril de 2016

lugar














pediu-me que escrevesse. foi a primeira vez que se dirigiu àquele lugar, àqueles mestres, sem uma missão, sem uma indicação, sem procurar uma resposta, um caminho. foi, porque sim, sem objectivo, tinham-lhe dado permissão para isso.
ali, sentados na terra batida, estão os quatro em silêncio, nem os olhares se cruzam (tanto quanto me lembro do que me contaram), no entanto, são envolvidos por uma sintonia de comunicação, num entendimento da necessidade de despadronizar os relacionamentos, de deixar erodir a camada de crenças com que nos armaduramos e nos armaduraram, e deixar que aconteça a comunhão com a experiência de viver, na sua nudez genuína, na sua transcendência plena, sem limites de corpo e, no entanto, na plenitude dele.
diz que o homem lhe disse, já depois com palavras, que é um caminho longo. sabes a direcção, faz-te à estrada, avançarás, recuarás, temerás, encorajarás, todo o movimento será evolutivo.














2 comentários:

  1. Nem sempre é fácil, seguir. Mas acredito sempre que o "caminho" seja sempre em "frente", para algo melhor mesmo que tal, por vezes, não pareça assim tão bom :)

    :)

    Beijoquinhas

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  2. Pode não parecer bom, mas acredito que seja o melhor...tem sido...
    Beijo, vizinha:)

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