vá, carrega no botão. põe a tocar. fecha os olhos e ouve. ouve-me também. percorro a marginal na hora das ruas vazias. o mar está verde triste e as ondas desmancham-se muito antes de serem altas e perfeitas, como num lamento, como num desistir. chove. as pingas batem nos vidros do carro num sussurro de caricias enquanto no rádio toca la vie en rose, pelo tots thielemans. como de costume, tento ver as cores como se nunca as tivesse nomeado. sabes, o mar e o céu nunca têm cor, nunca... espelham, espelham-me. à beira-rio está aquilo a que eu chamo pêga, mas adivinho-lhe umas penas azuis que me fazem pensar que seja um gaio e lembro-me da Teresa e do Manuel (bom dia, meninos). os patos voam rasando a água e as gaivotas estão paradas saboreando tudo o que o tempo lhes traz, sempre viradas para o lado de onde vem o vento, ou a chuva.
o meu corpo guardou memórias que a minha mente recusou e dói por dentro.
tu esqueceste-te de um acento num i.
Harmonia perfeita, texto e música. Lindo.
ResponderEliminarainda bem, Princesa. obrigada :)
ResponderEliminarTexto bonito, como sempre :)
ResponderEliminarParece que o cinza alastrou para dentro, venha a luz e o Sol
aqui o dia está azulado, Maria. correm as nuvens para sul :)
ResponderEliminarque maravilha :D vou procurar o gaio e já o trago :D
ResponderEliminarvai lá, Manuel ... fico à espera ... :)
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