quinta-feira, 31 de março de 2016

dona fernanda























a dona fernanda conta que acende uma vela, com a intenção de que lhe facilitem a intuição, que a protejam e que a guiem. de seguida, acende um pau de carvão, daqueles com ervas e coisas assim, e, descalça, passa pelo corpo todo, pedindo a quem ela entende, que a limpem do mal, das invejas, das energias negativas, e que a guiem, sempre que a guiem, e que a ajudem a seguir o seu caminho e limpar o seu carma, diz ela. e oferece-me os seus préstimos, a dona fernanda, para quando eu precisar e se não o quiser fazer sozinha.
depois, pega no oráculo e pede respostas e orientação. a vida não está fácil para ela. impõem-se mudanças e ela tem medo. então, no silêncio do seu canto, dona fernanda pede que lhe mostrem caminhos. é que ela diz que tem por lá um melro revoltado e diz que são sinais do universo, para que ela se revolte também.
depois, passa cá por casa e conta. ainda quero saber das suas inquietações de corpo e dos seus palpitares de pele, mas ela não me dá mais conversa. se precisar,  minha amiga, diga-me, diz ela, assim a modos de quem retribui a minha disponibilidade de ouvidos.













4 comentários:

  1. Tens bons ouvidos :) já tinha saudades da d.fernanda (também com minúscula)com as suas inquietações e desta vez não te contou nada :))

    beijinhos ana

    (ontem fiz um comentário sobre o vento, mas não sei o que fiz que devo-o ter apagado antes de ter submetido, mas agora nem lembro o que escrevi para repetir!) :)))

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  2. bem tentei, vizinha, mas nada contou. vem sempre com pressa...

    (sim, apareceu-me aqui um comentário teu, mas quando aprovo, diz que foi eliminado...não percebo como pode ser...)

    beijinho, tem cuidado com o vento :)

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  3. mandei-lhe o melro... afinal recebeu

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  4. um melro e uma melra... tudo é possível, trovisco :)

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