sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

fevereiro





























todo o ano espero por elas, pelas frésias, pelo primeiro ramo de frésias que trago para casa. venho o caminho todo com o nariz enfiado nas flores, coitadas, este ano brancas, e eu a sentir-lhes o aroma e a imaginar a sala toda a cheirar a elas.

deve ter sido por elas, por ser o tempo delas, que este dia de fevereiro foi bonito. as pessoas estavam alegres e riam, até a senhora da florista, aquela que tem a cara toda marcada de queimaduras, e o couro cabeludo também, até ela riu e disse-me - então você deve ter muitas pessoas que têm inveja de si - isto só porque eu comentei que as plantas aromáticas morrem todas cá em casa. aliás, só me dou com violetas e com as frésias brancas que tenho agora na jarra, e por quem, sim, quem, que é como se fosse alguém, por quem esperei desde fevereiro passado













12 comentários:

  1. :)

    compreendo-te, também me agradam, naqueles alongamentos subtis, juntamente com os ranúnculos (confesso que prefiro estes), que deveriam chamar-se miguéis, por exemplo (um nome adorável, Miguel, o do meu mano mais novo e o da minha porcelana e o de dois sobrinhos rapazes, por grande influência minha :)

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  2. os rainunculus não têm este aroma ...

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  3. talvez por isso os prefira (e a fragilidade só aparente, não falei dela!), que tenho para mim que os aromas têm manhas, condicionantes... :)

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  4. Os aromas...os aromas têm sentidos :)
    Dorme bem ;)

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  5. Os aromas...os aromas têm sentidos :)
    Dorme bem ;)

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  6. yes, you repeat yourself :)

    and no, no bad for the time being, it's much too early to wrap myself in shits :D

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  7. essa nã sabia, das invejas, mas compreende-se :)
    Bom dia Maresia, o céu está quase coberto de nuvens, parece uma pintura inacabada...

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  8. bom dia Trovisco. aqui o céu está todo azul, uma monotonia...gosto desses que parecem pinturas inacabadas :)

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  9. Agora percebo por que motivo as minhas plantas se vão também...:)

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  10. há quem acredite que as plantas morrem por nós....

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  11. "Não sei que tempo duram as frésias
    a rendição de um corpo
    é sempre tão inesperada"

    José Tolentino Mendonça/ Campo dei Fiori

    Se soubesse que gostavas tanto como eu, tinha-te oferecido umas...:)

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  12. é como se tivesses oferecido, Teresa :)

    obrigada! e como eu gosto de Tolentino....

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