segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

vontades

























debaixo do chuveiro, àquela hora que faz desesperar os vizinhos, lembra da amiga do riso cristalino e espontâneo. a ela, o riso solta-se-lhe fruto de vontades e malícias, de absurdos e sintonias. agora, percebe que as vontades esfumam-se, desaparecem, as do corpo e as do espírito. será isto envelhecer ou aquele estado que ela tanto desdenhou de que falam aqueles que procuram a evolução espiritual, de eliminar o desejo e anular a ansiedade... lembra-se da conversa com aquele homem que lhe perguntava pela sua relação amorosa - está morna, dissera-lhe, calma demais, eu não queria isto para mim - e ele - numa filosofia de vipassana é o ideal - e ela - vipassana? credo... eu queria era paixão, qual vipassana numa relação amorosa - e agora ela, à procura das vontades, dos desejos, e só lhe fica aquela calma, que não sabe lidar com ela, faz-lhe lembrar os 'imortais' de 'o aleph'.



















2 comentários:

  1. :)

    Tranquilidade é bom contudo convém alguma agitação é sempre bem vinda. Nem tanto ao mar nem tanto à terra. É aquela coisa do equilíbrio, tão difícil de alcançar :)

    Beijinho Ana

    (estou farta de confirmar presentes para submeter comentários!)

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  2. olha eu não confirmo nada... nem desminto...

    beijinho

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