olho por mim abaixo, nestas roupas sem jeito com que te recebi esta tarde, ainda mal chegado e eu já a desejar partido, enrodilhada nos cabos do computador, com as meias a fugirem dos pés. com este feitio terrível de me salvaguardar só. enquanto o homem na televisão repete obrigado obrigado obrigado, e eu acredito que pelo menos metade dos agradecimentos fossem para ela. eu sei, com alguma inveja, que nunca serei assim, em nada, nem de perto. encortiço-me a cada dia que passa.
(ele tem razões, eu tenho desejos, diz aquela mãe, sem maquilhagem, sem penteados. para mim, as eleições valeram por esta frase.)