é assim meu amor, há tanto tempo que não te escrevo, e agora chego-me a ti para desabafar que estou cansada. aqui deste lado, a minha
vida é maior do que o que eu poderei abarcar. o meu corpo batalha, mas não sei
que parte de mim põe esta ardência no peito, esta angústia no estômago, estes
zumbidos nos ouvidos, este ranger na cabeça que me acorda a meio da noite e me
impede de dormir. então, levanto-me e trabalho. que estar acordada na cama só
faz o pensamento viajar pelos lugares mais obscuros, pelos caminhos incertos,
desconhecidos. e tu sabes, meu amor, como eu lido mal com a incerteza.
dir-me-ás que sou eu que construo os meus dias, eu sei, eu sei, mas quantas
vezes a vida ela mesma toma as rédeas e leva-nos por lugares que nunca julgáramos possíveis. e assim, aqui vou eu, meu querido, sentindo-me pequena perante o
peso que agora carrego, e seguindo assim mesmo, sorrindo ao lembrar a frase que
costumava dizer “Ever tried. Ever failed. No matter. Try Again. Fail
again. Fail better»… pois é meu querido, não há margem para voltar a
falhar, e eu tremo só de pensar isso. os dias são tão incertos, e cada esquina tão inesperada.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
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