a maneira que a mulher tem de se mostrar, é através da forma extravagante que tem de se vestir e na forma como corta e pinta o cabelo. ela ri com a boca toda, a mulher infeliz, ri a bandeiras despregadas, fazendo com que a camisola deslize no corpo e o cabelo se revolte preso em dois carrapitos desalinhados. representa a personagem há demasiado longos 45 anos de casamento, e daquilo que sente já nem sem lembra. deita-se com um homem desagradado da vida, acomodado ao que ela deixa perceber e aliviado com o que ela esconde. na vida dos filhos, poderia ver a sua, se quisesse, mas teima que 'eu não quero que os meus filhos sejam infelizes', quando eles reflectem a infelicidade dela.
pergunta-lhe a outra - o que é que os teus filhos estão a mostrar-te que tu tens que curar em ti mesma, que tu tens que mudar? muda, e tudo muda à tua volta. põe o teu lado de dentro, de fora. mostra-te. manifesta-te e vais ver tudo a ajustar-se. mas ela tem setenta anos e ele tem setenta anos e ela acha que já não tem tempo.
...
do outro lado da cidade um homem diz que não sabe como se passaram 42 anos com a mulher com que casou por ser a mais bonita das redondezas. 42 anos de lento afastamento. 'cada vez conversamos menos, e eu nem sei como isso aconteceu...e agora já passaram 42 anos...'
é triste, muito triste viver assim.
ResponderEliminarum beijo no teu coração, ana bonita.
É triste pensar que é tarde demais. Nunca é, enquanto há vida.
EliminarDeixo outro no teu, menina bonita.
Custará a esse homem e a essa mulher desfazerem-se da habituação. As pessoas são de hábitos. Mas não deviam...
ResponderEliminarmuitos hábitos em muitos anos...
EliminarConheço um caso assim bem de perto. São os dois infelizes.
ResponderEliminarEnquanto há vida, há a possibilidade de se tentar viver bem. Eu acho que a maioria dos casos são assim.
EliminarBeijo