domingo, 17 de setembro de 2017

redução




























não fui capaz de me desfazer de nada, nada mesmo, ao longo daquelas centenas de dias. tudo faz parte de mim, o que recebi, o que dei, eu, inteira. eu, centenas de dias, incontáveis palavras. 'reduza-me' pedia-lhe eu, rindo, 'simplifique-me'. mas não. em vez disso, acrescentou-me. 
os meus dedos percorrem o ecrã sem destino, e param ao acaso, numa linha qualquer. eu paro, também, sem destino. parece-me sempre tão estranho que a vida que eu vivo seja minha.













6 comentários:

  1. Redução, só se for no sentido de apurar o melhor da vida. Mas tudo lhe pertence e por isso só o acrescentar é que faz sentido.

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  2. Às vezes somos tão exigentes com nós próprios, sentimos as coisas com tal intensidade que... até parece que não merecemos aquilo que de bom nos acontece. Merecemos, e muito mais!

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    1. é verdade, AC, obrigada. por vezes até se é educado para acreditar que não se merece.
      boa segunda!

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  3. Simplifiquemos então Ana, para que nos sintamos um acréscimo.

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    1. reduzir ao essencial para criar espaço para acrescentar o importante :)
      boa tarde, Vânia

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