domingo, 10 de setembro de 2017

o homem







sinto a insegurança nas poucas palavras que  homem me escreve na mensagem. falando com ele, tento recordar-lhe, com vagar, o que ele é. eu, que sigo na vida com passos balbuciantes e constantes tropeções, lembro-lhe aquilo em que ele acredita, os caminhos que percorre, aquilo que ensina, o que aprendeu, as ideias que defende. ele ouve-me como quem encontra segurança na frágil mão de uma criança. falo-lhe da linguagem do corpo, da manifestação da dor, 'quando lhe dás atenção e falas com ele, a dor muda de lugar, pode até desaparecer. lembras-te? costumas dizê-lo também tu'. digo-lhe que cozinhe os alimentos com cuidado e que coloque intenção ao fazê-lo, e que aja conforme o que ensina, o que defende. da minha pequenez, tento, lentamente, lembrar ao homem a sua grandeza, a sua responsabilidade, o seu exemplo. 








Sem comentários:

Enviar um comentário